Temos notado que apesar das últimas versões das normas da série ISO possuírem uma idade média global de mais de 5 anos de existência (ISO 9001:2015, ISO 14.001:2015, ISO 45.001:2018 e ISO 22.000:2018) as organizações ainda possuem dúvidas acerca do objetivo central destas normas, que é o planejamento baseado em riscos e oportunidades.
A maioria das organizações perdem a oportunidade de integrar sua gestão estratégica, aos conceitos normativos das normas da série ISO no que tange a arquitetura do sistema de gestão.
Veja o requisito: “As organizações devem levar em consideração questões internas e externas que possam afetar sua capacidade de alcançar os resultados pretendidos pelo seu sistema de gestão” e “determinar e possuir ações para abordar os riscos e oportunidades”.
Estes conceitos podem ser ampliados para toda a organização, e não apenas ao sistema de gestão em questão, caso a empresa perceba valor agregado no requisito.
Estes conceitos, estão escritos nas normas, e todos nós sabemos, o problema é que as organizações perdem a oportunidade de usar uma excelente ferramenta oferecida pelas normas internacionais para gerir, juntamente com outros instrumentos da administração, o seu negócio e obter uma gestão integrada e harmônica.
Conhecer as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças abre uma visão interessante para um planejamento adequado. Abre uma excelente oportunidade para revisitar nossos processos, avaliar a maneira de gerir nosso negócio, verificar nossa maneira de pensar, repassar nosso mercado, nossos concorrentes, nossos custos, nossa maneira de desenvolver pessoas, nossa qualidade, nossas ações sustentáveis, enfim, uma série de questões que nem sempre são exigidas em processos de certificação por não serem obrigatórias pelas normas, mas que levam as organizações a pensarem no “porque” das coisas.
Por que seguir um caminho de empresa socio ambientalmente sustentável?
Por que aprimorar nossa qualidade, nossa entrega, nosso custo, nosso preço e nosso nível de serviço?
Por que cuidar de nossa força de trabalho de maneira genuína, valorizando a qualidade de Vida e as pessoas.
Por que termos um produto mais seguro?
Por que proteger nossas informações?
O que pretendemos nesta matéria, não é apresentar uma metodologia para atender as normas da série ISO no que tange aos requisitos de “contexto da organização”, “necessidades e expectativas das partes interessadas” e “ações para abordar riscos e oportunidades”. Nossa intenção é incentivá-los a assistir um treinamento gratuito que fizemos utilizando-se da abordagem das normas internacionais, porém com uma visão um pouco além. Uma visão que leva em consideração as ações estratégicas e as necessidades empresariais para alavancar ou aprimorar um negócio.
Algo inovador que desafia qualquer gestor a pensar de maneira diferente ante ao seu sistema de gestão e aos resultados que almeja para seu negócio.
Trata-se de um repasse cultural que deve levar em consideração o compromisso genuíno da alta direção, de seus líderes e todo o pessoal que ali trabalha.
E não perca o nosso treinamento gravado, pois é uma viagem por um dos episódios de “O SÓCIO” com MARCUS LEMONIS. Veja como é possível integrar os requisitos normativos ao planejamento estratégico de qualquer empresa.
Não conformidade, anomalias, desvios de conformidade, perdas, isso mesmo, temos vários nomes para um mesmo fim que, dependendo de quem analisa ou dependendo da linha de gestão a ser seguida, possuirá nomes distintos mesmo.
Vamos lá….., um acidente relacionado a segurança poderia ser considerado uma não conformidade? E que tal um acidente ambiental, um vazamento de produto químico dentro ou fora da sua empresa?, poderia ser caracterizado como uma não conformidade? Um desvio de processo, poderia ser considerado uma não conformidade?
Antes de responder, vamos recorrer ao conceito de não conformidade previsto nas normas ISO.
Não Conformidade: não atendimento a um requisito.
Seja um requisito legal, um requisito de qualidade, um requisito ambiental, de segurança, de segurança do alimento, boas práticas, enfim… qualquer não atendimento a algo especificado deve ser considerado uma não conformidade. A forma de tratamento e os tipos de ações a serem tomadas vai depender do sistema de cada organização.
Tudo começa com uma boa descrição, caso as organizações não consigam descrever o ocorrido de maneira clara que facilite o entendimento posterior do fenômeno, seu processo de investigação e tomada de ação poderá ficar comprometido.
Para ficar mais claro, vejam estes exemplos de não conformidade:
Reclamação de Cliente: Referente a nota fiscal 309929040-1, o cliente reclama de 2 sacos do produto XPTO a menos, porém alguns outros sacos “veio” com peso a mais.
Comentário: Além da necessidade de melhoria quanto a forma de escrita e tempos verbais, como poderíamos investigar uma situação desta sem a presença de quem escreveu? Esta é uma situação real, e eu, particularmente não consegui entender quando li, não sei se para você ficou claro.
Auditoria Interna: Evidenciado vazamento de produto químico próximo a área de PIT STOP da empilhadeira.
Comentário: Minimamente precisamos saber o produto químico vazado dentro de uma área de PIT STOP, pois alteramos substancialmente nossa preocupação, caso seja um produto inflamável , concorda comigo?
Descrever uma não conformidade vai além de pontuar um erro ou fazer uma descrição negativa sobre algum tema. O registro de não conformidade é o início do espiral de melhoria contínua de qualquer processo.
Por isso, seria interessante as organizações conhecerem as formas para descrever não conformidades. Uma técnica interessante é o 5W 2H, porém para descrição de problemas utilizamos apenas um dos “H”.
Veja o que acha da descrição a seguir, em seguido vou te explicar como fizemos.
DESCRIÇÃO:
No dia 24/09/2020, segundo turno, por volta das 16:30h na máquina 4 da área da etiquetadora, durante a realização da limpeza técnica e substituição da bobina de etiquetas, utilizando-se de produtos químicos e panos, o funcionário XXXX cortou o dedo na lâmina do equipamento.
Por ser uma atividade manual em área com restrição de espaço, o funcionário com pressa em retornar à produção, não retirou a lâmina de corte do equipamento e cortou o dedo médio e o dedo indicador.
Esta ocorrência teve como consequência 3 pontos em cada um dos dedos com afastamento de 4 dias.
Fazendo uso da técnica de 5 W 2 H
When: Quando a não conformidade aconteceu?
Where: Onde a não conformidade aconteceu?
What: O que aconteceu de fato?
Why: Por que a não conformidade ocorreu?
Who: Quem é o responsável? Quem presenciou o fato? Quem participou?
How: Como a não conformidade aconteceu?
Depois de preencher a tabela é só usar a fórmula:
When + Where + What + Why + Who + How.
Agora se quiser ver como escrevemos “achados” de auditoria, veja a fórmula abaixo, é infalível, todas as informações ficam descritas.
NC 9.1.1 e 10.2/14.001:Evidenciado que o resultado da medição de ruído dos pontos 5 e 6 (externos),conforme Relatório SESI/2009 de 14/8/09, estão fora dos limites estabelecidos na Resolução CONAMA 01/90 e NBR 10151, além das ações previstas no FCA 2009/0605 de 16/9/09, estarem vencidas desde 30/3/2010junto a área de meio ambiente.
Estrutura do apontamento:
NC = não conformidade
9.1.1 e 10.2 = requisitos normativos
14001 = norma do sistema de gestão ambiental
Descrição da NC = EVIDÊNCIA DO FATO + CRITÉRIO + LOCAL DA OCORRÊNCIA + REFERÊNCIA AO DOCUMENTO.
Bom, espero ter ajudado, mas se quiser participar de um treinamento sobre não conformidades, processos de investigação de causas e ações corretivas para sistema de gestão integrado preencha o formulário.
Treinamento sobre não conformidades processos de investigação de causas e ações corretivas para sistema de gestão integrado
Assim que preenchermos a quantidade de inscritos agendaremos a data do treinamento com ao menos 30 dias de antecedência.
Como fazemos nosso trabalho após 34 anos de experiência
Ao longo de 34 anos de atuação, os consultores da Afam Consultoria tem enfrentado vários desafios e cenários no mundo de consultorias, auditorias e treinamentos. Eles foram moldando nossa atuação e nosso olhar sobre o mercado.
Um ponto importante que alavancou nossa evolução foi a atuação em toda a América Latina. Foram nove países e mais de cem projetos, contemplando grandes players e sua cadeia de suprimentos, realidades que aprimoraram nossas soluções e nosso entendimento sobre ferramentas e, principalmente, recursos humanos.
Outro de nossos diferenciais é a gestão comportamental. Sabendo que as pessoas são o principal fator de sucesso de qualquer organização, focamos nosso conhecimento na formação de cultura organizacional. Nossos consultores possuem conhecimento das ferramentas de “coaching”, “mentoring”, dentre outras com o objetivo de somar ao processo técnico e obter melhores resultados em menor tempo.
Nossa principal criação é a FCS 168, especificação técnica de formação de Cultura de SSO. Ela foi criada baseada em oito pilares e cinco níveis de maturidade, que servem de guia para a empresa evoluir. As auditorias de acompanhamento da FCS 168 são realizadas pela SGS Brasil, o que garante independência e credibilidade à formação.
Tantos esforços e sucessos foram reconhecidos pelo mercado. Já ganhamos como Empresa do Ano na Categoria Prestação de Serviços em Consultoria e Assessoria para Sistemas de Gestão pelo Prêmio Top of Business. Além disso, fomos os Melhores do Ano na “prestação de serviços especializados” pela Associação Brasileira de Líderes (ABL). Dessa forma, adotamos metodologias próprias de condução de projetos nas áreas de nossa atuação.
A Afam Consultoria terá o prazer de conversar com você sobre como nossa expertise poderá aprimorar os processos de sua organização e, com isso, garantir menores custos operacionais e maior fidelização dos clientes. Atuamos nas seguintes áreas: Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental, Segurança e Saúde Ocupacional, Food Safety, Gestão Florestal e Excelência Operacional.
Conheça as vantagens operacionais da implementação do SGQ.
Quando uma empresa pensa no estabelecimento de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), normalmente ela ambiciona as vantagens operacionais trazidas por este tipo de implementação. Realmente, uma boa Gestão da Qualidade tem a capacidade de provocar a curto prazo uma verdadeira revolução na fabricação dos produtos e na maneira como os processos organizacionais são conduzidos.
Entretanto, os benefícios do SGQ vão muito além da parte produtiva. Ver apenas os ganhos imediatos e setoriais é, de certa forma, uma miopia administrativa. A médio e a longo prazo, toda a companhia é positivamente influenciada direta ou indiretamente por aspectos concretos do Sistema de Gestão da Qualidade. Não à toa, está justamente aí seu maior mérito.
É sobre esse poder multiplicador da Qualidade (uma bola de neve de vantagens) que vamos discutir no Blog da Afam Consultoria. Hoje, em um primeiro post sobre esse tema, apresentaremos apenas as cinco vantagens imediatas da implementação do SGQ. Tradicionalmente, esses ganhos estão relacionados mais aos setores da Qualidade das empresas. Em março, voltaremos ao blog para tratar dos dez benefícios sistêmicos que o SGQ propicia para as demais áreas da companhia (ou seja, para toda a organização).
Cumprindo a proposta de hoje, aí vão as cinco vantagens imediatas da implementação do Sistema de Gestão da Qualidade:
1) Produtos com menores índices de falhas e problemas técnicos:
Logo de cara, nota-se uma melhora nos aspectos técnicos dos produtos desenvolvidos pela companhia. A fabricação volta-se para o atendimento dos requisitos dos clientes, em novos padrões de qualidade – com controle full time do que acontece no parque fabril e na cadeia produtiva. Como consequência, defeitos, falhas e não conformidades são combatidos implacavelmente.
2) Diminuição do retrabalho, refugo e desperdício:
Uma empresa adepta aos conceitos da Qualidade Total tende a possuir uma menor quantidade de refugos, retrabalhos e desperdícios em sua linha produtiva. Afinal, eles são os vilões (em uma relação mútua de causa-e-efeito) das falhas técnicas dos produtos fabricados.
3) Processos mais fluidos e inteligentes:
A chave para a implementação de um bom Sistema de Gestão da Qualidade está no estabelecimento de processos organizacionais mais inteligentes, práticos e orgânicos. Tão importante quanto a excelência técnica do que é produzido na fábrica é a maneira como as atividades são feitas ali. Os processos devem ser fluídos, conferindo ao mesmo tempo precisão e celeridade.
4) Aumento da produtividade:
Como consequência da diminuição de refugos, retrabalhos e desperdícios e do estabelecimento de processos mais fluidos e inteligentes, a empresa torna-se sensivelmente mais produtiva. O estabelecimento de formas mais eficientes e céleres de trabalho tem a capacidade de provocar um choque de gestão na organização, elevando-a a um novo patamar de produtividade.
5) Redução dos custos operacionais:
Outro “efeito colateral” da diminuição das falhas produtivas e da melhoria da produtividade da empresa é a redução substancial dos seus custos operacionais. A forma mais lógica de reduzir despesas é utilizando muito bem cada recurso disponível, sem desperdício (desperdício zero). O estabelecimento de um SGQ tem o poder de combater custos desnecessários (e até então invisíveis).
No próximo post sobre a Gestão da Qualidade, prometo trazer os dez benefícios que o Sistema de Gestão da Qualidade propicia para as demais áreas da empresa. Não perca o conteúdo exclusivo do Blog da Afam Consultoria.
A Afam Consultoria, uma das mais tradicionais empresas do mercado brasileiro de consultoria e treinamento, atua nas certificações de NBR ISO 9001, HPC 420, RDC 48, IATF 16949 e ISO/IEC 17025. Além disso, a empresa comandada por Jorge Secaf realiza projetos e treinamentos in company de Ferramentas da Qualidade, Mapeamento de Processos, Indicadores de Desempenho, 5S, TQM (Gestão da Qualidade Total), Tratamento de Não Conformidades e Técnicas para Ações Corretivas.
Afam Consultoria avalia multinacional segundo RDC 48.
Em outubro, a Afam Consultoria realizou a auditoriadediagnóstico com base na RDC 48 (Resolução da Diretoria Colegiada nº 48) na unidade nacional da Essity, localizada em Jarinu, no interior de São Paulo. A empresa faz parte do grupo multinacional sueco que atua no setor de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.
Comandada por Stela Quarentei, consultora e auditora da Afam, o projeto avaliou o quanto a fábrica, que produz fraldas geriátricas, lenços umedecidos e absorventes pós-cirúrgicos, cumpre os requisitos da RDC 48. Assim, a auditoria de diagnóstico permitiu à fabricante identificar como sua planta está no momento (fotografia do cenário atual) e o que falta implementar para atingir as exigências legais.
A RDC 48 de outubro de 2013 é referente às Boas Práticas de Fabricação (BPF) para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, segundo a normatização de Gestão daQualidade da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O resultado prático do trabalho realizado pela Afam Consultoria na Essity foi a identificação das conformidades e itens de melhoria, que a empresa precisa adequar e/ou implementar. Como consequência, os profissionais da companhia receberam um relatório técnico detalhado do que é necessário readequar nos seus processos e o que é preciso implementar em seu Sistema de Gestão da Qualidade.
Vale a pena lembrar que, em agosto deste ano, a Afam Consultoria já havia realizado um workshop sobre a RDC 48 na unidade de Jarinu da multinacional europeia. Na época, o próprio Jorge Secaf, diretor-geral da Afam, conduziu o treinamento sobre as Boas Práticas de Fabricação para os colaboradores da Essity.
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