A especificação técnica de formação de cultura e gestão pelo comportamento em Segurança e Saúde Ocupacional.
Aproximadamente 95% das causas dos eventos acidentais possuem um componente humano e as organizações dispõe de poucas ferramentas para desenvolver comportamentos seguros.
As normas atuais de gestão de segurança e saúde ocupacional dispõe de poucas técnicas estruturadas para o desenvolvimento, engajamento, e o empoderamento da liderança para que a segurança e saúde ocupacional torne-se um valor importante dentro das organizações.
Logo acreditamos que por intermédio da educação continuada, desenvolvimento do sentido de propriedade e auto responsabilidade, as organizações podem iniciar processos de autogestão para que a disciplina operacional seja proporcionada.
Sabemos que nosso bem mais importante, são as pessoas e a qualidade de vida delas, sendo assim temos que proporcionar um ambiente seguro e saudável onde impere a qualidade de vida e a produtividade que também irá impactar positivamente em fatores importantes para as organizações:
• Reduzir custos com acidentes e perdas em geral é uma condição de continuidade dos negócios das organizações. Muitos custos decorrentes de acidentes são invisíveis (perda de produtividade pelo impacto dos eventos, recolocação de pessoal, treinamentos, tempos investidos para investigações, custos com amparo as famílias, dentre outros).
• Reduzir custos com impostos e taxas impostas pelo governo com a queda dos indicadores de acidentabilidade é condição de sobrevivência.
• O desenvolvimento da área da segurança, tornando-a em uma área estratégica, onde possa ser compartilhada sua experiência junto aos responsáveis de área, é um desafio que precisa ser iniciado.
• Proteger a imagem das empresas de maneira minimizar os impactos decorrentes de sanções ou eventos que possam comprometer sua reputação é uma necessidade.
Qual é o objetivo da Especificação Técnica?
O objetivo de nossa especificação técnica para a formação de cultura e desenvolvimento do comportamento em segurança e saúde ocupacional, é prover às organizações uma estrutura capaz de eliminar, reduzir e/ou prevenir acidentes e doenças ocupacionais; proporcionar um ambiente seguro e saudável; aumentar a produtividade e lucratividade e formar uma consciência coletiva para o desenvolvimento de atividades utilizando-se do comportamento seguro.
Nossa especificação técnica deve contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de segurança e saúde ocupacional, por meio do (a):
• aperfeiçoamento das atitudes fazendo uso de ferramentas relacionadas a psicologia do comportamento humano, psicologia do comportamento e práticas de segurança;
• uso de técnicas para o gerenciamento dos aspectos comportamentais;
• educação, capacitação, motivação, comunicação, reconhecimento, sensibilização, engajamento das pessoas e disciplina operacional;
• mitigação de potenciais efeitos adversos das condições da infraestrutura e ambiente de trabalho da organização;
• estabelecimento de uma agenda positiva com rotinas sistemáticas relacionadas a segurança e saúde ocupacional junto a liderança e alta direção de maneira a despertar o sentido de propriedade, auto responsabilidade e a liderança visível;
• monitoramento sistemático do desempenho da liderança quanto ao uso das ferramentas do programa de gestão comportamental de maneira a proporcionar um melhor desempenho em segurança e saúde ocupacional.
Esta especificação foi desenvolvida objetivando colaborar com os atuais sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional inserindo de maneira estruturada o componente “comportamento do ser humano”.
Por intermédio da descentralização das ações de segurança da área da segurança através de estratégias a serem adotadas pelas organizações, do estabelecimento de rotinas sistemáticas se utilizando dos requisitos técnicos oferecidos por esta especificação, dos processos de educação, comunicação, “empoderamento”, reconhecimento, disciplina e forte monitoramento do desempenho, a organização poderá buscar a formação de uma cultura onde a segurança e a filosofia do zero acidente tornem-se um valor relevante dentro da organização.
A formação de uma cultura de segurança vem por intermédio de experiências vividas, geralmente estas experiências se tornam em crenças, estas crenças conduzem geralmente as organizações a tomada de ações, estas ações geram resultados e estes resultados acabam gerando confiança que consequentemente tornam-se um hábito.
A seguir, figura 1, apresentamos nosso ciclo de formação de cultura, que aliada as técnicas desenvolvidas pela Afam Consultoria, formam a chave para a transformação do comportamento nas organizações.
Esta formação de cultura, proposta por esta especificação, se forma a longo prazo, pois existem estágios de absorção ou aceitação da mudança de atitudes até que se torne um novo hábito, esta evolução pode ser observada na figura 2 deste artigo.
Afirmamos que uma Cultura de Segurança se forma por intermédio dos valores, crenças e rotinas que são compartilhadas, vividas e transformadas em resultados. Geralmente os resultados, tem uma influência muito grande na mudança dos hábitos e atitudes, pois se transformam em experiências a cada indivíduo.n
A seguir, os estágios para que novos hábitos sejam adquiridos e transformados em novos comportamentos:
Mesmo em se tratando de uma especificação técnica estruturada, o aperfeiçoamento ou implementação de uma Cultura de Segurança, requer ajustes a cada organização, pois deve levar em consideração, os reguladores de cultura, conforme apresentado na figura 3. Por este motivo, esta especificação determina “o que” fazer, porém a forma de implementação deverá ser adequada a cada organização. Sabemos que para a formação de uma cultura rumo ao acidente zero, existem vários fatores envolvidos. Estes fatores precisam ser identificados pela organização de maneira a facilitar seu processo de implementação e garantir efetividade nos resultados.
Esta especificação possibilita a identificação e compreensão destes reguladores para que a organização possa implementar uma gestão de comportamento efetiva. Aspectos comportamentais como pressa, pressão de trabalho, excesso de confiança, desmotivação, complacência, estresse organizacional, dentre outras questões devem ser levados em consideração quando do estabelecimento de toda a gestão. A chave desta especificação técnica é que ela apresenta um modelo de avaliação que proporciona a melhoria contínua. Esta especificação define cinco níveis de maturidade de implementação para a Formação de uma Cultura de Segurança e oito pilares básicos de sustentação. Os níveis de maturidade levam em consideração as etapas para aquisição de novos hábitos. A seguir o modelo adotado para a realização de processos de auditoria, o qual terão sempre o objetivo de apresentar a organização, o nível de maturidade da gestão.n
A auditoria de maturidade deveria ser conduzida mediante lista de verificação padrão com critérios e pontuação baseados nesta especificação técnica.
NÍVEL 1: Ausência de requisitos para a formação de cultura em SSO ou um sistema estruturado que proporcione tal fato.
NÍVEL 2: Estágio inicial. Existem alguns requisitos para a formação de cultura em SSO, porém sem estrutura de gestão ou de maneira sistêmica.
NÍVEL 3: Estágio intermediário. Empresa apresenta uma gestão para formação de cultura, porém em processo de desenvolvimento, ainda apresentando sinais de imaturidade e desvios decorrentes de ações recém implementadas.
NÍVEL 4: Estágio avançado. Requisitos implementados, com claros sinais de amadurecimento e melhoria no desempenho de maneira geral.
NÍVEL 5: Cultura estabelecida. Segurança com VALOR.
Para que entenda a profundidade e eficácia desta especificação, apresentamos alguns resultados:
RESULTADOS EM EMPRESAS DE MANUFATURA
RESULTADOS OBTIDOS EM MERCHANDISING E VENDAS – NÃO MANUFATURA
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