A PRÁTICA DE “LEARNING TEAMS”: Aprendendo e melhorando a segurança, qualidade e excelência operacional
por Brent Sutton (Autor), Glynis McCarthy (Autor), Brent Robinson (Autor), Todd Conklin (Prólogo), Hugo Riberio (Tradutor)
Os times de aprendizagem são grupos de pessoas que se reúnem periodicamente para discutir os processos e os sistemas de segurança para que se tornem ainda melhores e mais resilientes a falhas. já vou explicar a vocês como são formados estes grupos.
O grande desafio desses times é entender as diferenças entre o trabalho planejado e o trabalho realizado. caso tenham interesse, entrem em um buscador de sua preferência e procure por Work as Imagined vs. Work as Done .Vocês vão entender um pouco melhor o que outros autores dizem.
Eu estou projetando uma imagem para vocês entenderem melhor o que vou dizer quando escrevemos um procedimento para uma atividade, ou padronizamos algum processo para torná-lo mais produtivo e seguro, não somos capazes de prever todas as instabilidades existentes na relação de ser humano, processo, sistema e equipamentos.
E a maioria dos documentos ou padronizações levam alguém ou algo do ponto A ao ponto B de maneira linear, como se fosse uma máquina em funcionamento. Dificilmente conseguimos refletir em nosso procedimento ou padronização de rotina as instabilidades como sono, cansaço, desatenção, clima laboral, falta de pessoal, pressão pela entrega e planejamento apertado… enfim, situações que estão presentes no dia-a-dia e interferem diretamente na segurança das pessoas.
Quem de vocês imaginam que precisam estar presente nestes times de aprendizagem? Eu já vou dar a formação destas equipes já já….calma ai, mas eu queria ouvir de vocês quem é a peça chave de toda esta estória?
Quem está na ponta da operação? Quem produz? Quem está todos os dias lidando com situações difíceis e expostos diariamente aos riscos?
Quem respondeu a operação acertou.
Times de aprendizagem buscam ouvir e refletir com as equipes operacionais. pessoas que executam o trabalho.
um Dream Team para os times de aprendizagem seria: 1 facilitador que é claro precisa estar capacitado para conduzir reuniões de trabalho ser assertivo, conclusivo, enfim, pessoas que executam o trabalho (operadores, preparadores, técnicos, etc), o líder da área, e um membro da segurança – grupos de 3 a 5 pessoas são os mais recomendados pela literatura.
E qual a missão destes times? A missão é ter uma forma de coletar boas informações para discutir e criar aprendizado.
O método de coleta é bem importante e pode ser estatísticas dos desvios de comportamento, os principais riscos da organização, como quiserem.
O processo possui uma metodologia clara que não consigo explicar aqui, porém posso despertar em vocês a curiosidade de se aprofundarem no tema. A metodologia tem 7 etapas e a essência é se utilizar de perguntas poderosas para entender “O que acontece, como acontece e por que acontece determinadas situações”.
Nos times que eu tenho conduzido aparece muito descumprimento de procedimento de segurança, para ganhar tempo, porque os tempos de setup são muito apertados, às vezes para cumprir determinadas metas de produtividade, enfim pessoal. tem mais uma porção de questões que estão relacionadas a comunicação, interface planejamento e produção aparece de tudo. Vocês só precisam criar um ambiente seguro para o diálogo aberto.
VOCÊS DISCUTEM AS METAS VERDES? POR QUE ESTÃO VERDES? E O QUE ESTÁ FUNCIONANDO BEM?
As equipes precisam estimular o pensamento crítico em segurança para as atividades diárias para assim ganhar inteligência organizacional em segurança.
os times precisam colocar muito esforço na compreensão dos problemas, quanto mais discutirem os problemas melhores serão os resultados da solução
Eu já disse aqui um dos pensamentos de Albert Einstein se eu tivesse 1 hora para resolver um problema, gastaria 55min pensando no problema, e 5 minutos pensando nas soluções.
É isso que os times precisam fazer, compartilhar experiências, entender o que está funcionando bem e o que não está funcionamento como planejado, tudo isso em um ambiente onde impere o diálogo aberto, honesto e com o objetivo de tornar os processos mais seguros.
Como eu disse, é um método que possui uma série de perguntas desafiadoras que provocam a reflexão. perguntas do tipo;
- como são realizadas as rotinas operacionais do dia-a-dia?
- o quão difícil é fazer as atividades?
- o que não faz sentido em sua opinião?
- o que você faz na prática, para deixar sua atividade mais fácil ou para fluir melhor?
- o quão é factível os procedimentos que estão na sua área? consegue cumpri-los de maneira integral?
- quais ferramentas para gerenciar os riscos você tem? como elas funcionam? bem ou mal?
